quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Musica como propaganda

Galera, estou postando mais um texto meu que escrevi para "O Estado de ideias", dessa vez estou falando sobre como as bandas de forró utilizam a sua música como meio de divulgação para os seus shows.



A música como propaganda

A música sempre encantou a humanidade, tanto que conhecemos verdadeiros impérios formados às suas custas. Desde o lançamento do LP, em 1948, diversos músicos disputaram para ser o artista com os discos mais vendidos do mundo. Em 1983, o fenômeno Michael Jackson atingiu, com seu álbum Thriller, a incrível marca de 104 milhões de discos vendidos. Esse recorde perdura até hoje e, provavelmente, será um recorde eterno, visto que, nos anos 90, a indústria da música sofreria um enorme revés.

A indústria fonográfica não esperava por tamanhas mudanças em tão pouco tempo: o que era inovação e tecnologia rapidamente se transformaria em pirataria. Com a chegada dos CDs, MP3 e programas de compartilhamento de arquivos P2P, músicas de artistas de todo o mundo eram pirateadas quase que livremente, causando enormes prejuízos às gravadoras. Os mais velhos (mas não tão velhos) devem se lembrar da épica batalha encabeçada por grandes bandas, como o Metallica, contra o Napster.

Nos dias de hoje, em Fortaleza, acontece uma verdadeira revolução neste cenário. Enquanto grandes gravadoras tentam fechar o cerco contra a pirataria e cobrar caro por seus discos, as produtoras de bandas de forró correm pela contramão e utilizam a distribuição gratuitas de CDs de seus conjuntos como principal meio de propaganda. A estratégia é bem simples, limita-se em divulgar a banda através do que ela tem de melhor, ou seja, sua música. Isso faz com que as músicas do grupo se tornem conhecidas e incita a vontade do forrozeiro de prestigiar a verdadeira fonte de renda das produtoras: o show de forró.

Ronald Benevides, agente de uma das bandas mais conhecidas da cidade, o Forró Novo Balancear, conversou com O Estado sobre a estratégia adotada pelo mundo do forró na capital. “Através da distribuição de CD's é que vem o maior reforço para a Banda. Distribuímos em porta de shows, praias e demais locais de grande circulação de nosso público alvo. Além disso, contamos com o apoio da web 2.0, fazendo sorteios de ingressos em sites de relacionamento como o Orkut e Twitter.” Ronald nos explica ainda que o tempo médio do retorno dessa estratégia, entre a distribuição do CD e o aumento do número de público em shows, é sentido em dois meses e garante ser um número bem expressivo.

Vale ressaltar que o forró é um produto que atinge todas as classes sociais e esse “pirateamento planejado” causa uma democratização no estilo e uma valorização da cultura regional. Resta-nos agora saber até quando as grandes gravadoras tentarão brigar contra a pirataria. O forró já percebeu: se não pode vencê-la, junte-se a ela.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nova Matéria do "O Estado"

Aqui vai mais uma matéria que escrevi para o caderno "O Estado de Ideias", falando sobre design de embalagens.

De Platão às Embalagens

Certa vez, Platão escreveu sobre alguns homens que haviam nascido em uma caverna escura. Eles não podiam se mexer e tudo o que conseguiam enxergar eram sombras projetadas na parede ao fundo da gruta. Sem cores, nem formas, viam apenas sombras.

A partir do momento em que saímos do útero de nossas mães, passamos a explorar um mundo cheio de cores e formatos diferentes. Aos poucos, vamos nos adaptando a essa nova realidade e começamos a identificar cores e formatos, como o rosto de nossa genitora.

A cor nada mais é do que um raio de luz que nos atravessa os olhos e é reproduzido pelo cérebro como uma sensação visual colorida. O poder desse raio é tamanho que hoje existem muitos tipos de terapias baseadas no estudo das cores como, por exemplo, a cromoterapia. Além disso, a propaganda se utiliza deste recurso visual para atiçar determinadas sensações em seu público, e como modernos “homens de Platão”, estamos sujeitos a influências de cores, sombras, efeitos, brushs, dégradé e etc.

Modesto Farina, um dos maiores estudiosos dos efeitos das cores aplicados à comunicação, nos diz em seu livro “A Psicodinâmica das cores” que, ao visualizar uma cor, ela sempre vem acompanhada de uma reação de nosso subconsciente. Baseando-se nessa afirmação, toda peça publicitária, e principalmente as marcas, obedece um raciocínio lógico baseado nas sensações produzidas por cada espectro de cor, para assim alcançar o objetivo esperado.

Segundo o instituto de pesquisas Point of Purchase Advertising Institute (POPAI), o índice de decisão de compras no ponto de venda aqui no Brasil é de 85% e é considerado um dos maiores do mundo. A propaganda consegue atrair o consumidor até a loja, mas na hora da compra uma boa embalagem torna-se um fator de enorme importância, quer na cor, quer no design.

O design de um produto além de bonito deve ser prático, pois é a partir dele que o produto muitas vezes será manuseado. Cláudio Quinderé, conceituado designer de jóias e atual presidente da Associação Centro Ceará Design, nos diz que “um designer é, acima de tudo, um solucionador de problemas. Embora sua peça tenha de ser esteticamente bela, ele também deve encontrar soluções para que seu trabalho também resolva os problemas de seu produto”.

Infelizmente, não existe uma fórmula matemática para se descobrir as cores corretas ou o design mais adequado para uma embalagem. É preciso muito estudo, observação de tendências, tentativa, erros, acertos e muito, mas muito trabalho. Mesmo com todo esse esforço não nos tornamos falíveis a possíveis fracasso, mas posso garantir que as chances do sucesso aumentam de maneira extraordinária.

Falando em Design
Os amantes do Design tem encontro marcado no Campus do Pici da UFC, dos dias 8 a 12 de outubro, no R Design – Encontro Regional dos Estudantes de Design.

Em sua 7ª edição, o R Design é um evento itinerante que acontece anualmente em diferentes estados. Este ano, o Ceará recebe os estudantes da região Norte/Nordeste com o desafio de se aventurarem “Em busca da Rapadura Perdida”

Para maiores informações, acesse: www.rdesignce.com.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Matéria Publicada

Oi, galera.

Sei que estou em falta com o finalzinho do meu conto, prometo que um dia vou terminar. Mas enquanto isso, não poderia deixar de publicar uma matéria que escrevi e foi publicada no jornal O Estado, aqui do Ceará, no caderno O Estado de Ideias.

Marketing político: consumo de imagem e ideologia

De tempos em tempos ocorre um fenômeno no Brasil: pessoas vão às ruas uniformizadas, de caras pintadas e bandeiras à mão para fazer o maior barulho. Não estamos falando de Copa do Mundo, mas sim da campanha eleitoral.

Marketing Político nada mais é do que todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre o candidato e os eleitores. Falando assim parece fácil, mas existem diversas maneiras de se realizar essa barganha. É preciso estratégia, mão de obra especializada e monitoramento.

A propaganda política deixou, há tempos, de ser a simples impressão de santinhos e aparições ao público com promessas vazias. Hoje, um bom marketing político é peça fundamental no processo eleitoral, pois é esse assessoramento que traçará cada passo que o candidato deverá seguir, ditando, inclusive, seu modo de vestir, falar, andar e até gesticular.

Os números também falam por si só quando o assunto é marketing político. Somente na campanha presidencial dos três principais candidatos, está previsto um gasto de mais de R$420 milhões até o último dia da corrida eleitoral. Quando falamos do Estado do Ceará e levamos em conta que, segundo o TSE, foram pedidos o registro de candidatura de 7 governadores, 10 senadores, 154 deputados federais e 603 deputados estaduais, podemos imaginar uma cifra astronômica e que não pode ser ignorada por um profissional que trabalha com comunicação.

Sobre este assunto, é impossível não citar o maior guru no Brasil, Duda Mendonça. Em seu livro “Casos & Coisas”, Duda nos dá valiosas dicas sobre como conduzir esse complicado processo.
Duda afirma que no Marketing Político “a forma como você fala, o jeito como você olha, podem ser muito mais convincentes do que o seu discurso”. Seus anos de experiência o fez perceber que uma simples reação autêntica, como um choro, um sorriso aberto, vale muito mais do que um discurso conceitual e cheio de números. O brasileiro é um povo emotivo, embora possa responder uma pesquisa racionalmente, na hora de votar, o faz com o coração.
A pesquisa eleitoral é uma importante ferramenta no monitoramento das informações e pode ser feita de duas maneiras. Na primeira, entrevistadores são lançados em diversos bairros de diferentes classes sociais onde, de porta em porta, entrevistam os eleitores e registram suas intenções de votos. Na outra, o entrevistador se fixa em local onde haja um grande movimento de pessoas e as aborda uma a uma. Com base nesse resultado o candidato deverá receber suas novas orientações de sua equipe e correr atrás de votos, principalmente dos indecisos.

Para se fazer um bom Marketing Político é preciso, antes de tudo, acreditar no que está fazendo e, principalmente, em seu candidato. Um bom marketeiro precisa estar atento a cada detalhe da conduta de vida de seu candidato tanto na pessoal quanto na pública, de ontem, hoje e sempre. E como esta conduta se mantém diante dos candidatos concorrentes. Por fim, parafraseando novamente Duda Mendonça: “Campanha política é como corrida de Fórmula 1. Muitas vezes ganha quem erra menos”.





Para conferir a matéria na íntegra, acesse http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=14&noticiaID=34517

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Causo Sertanejo - Cap IV

Justino estava alí, atônito. A seus pés jazia o corpo, ainda quente, do gato Milo. Chamou, gritou, chacoalhou, mas nada do gato voltar à vida. A terra começava a absorver a pequena poça de sangue que lá havia se formado ao mesmo tempo que a angústia se apoderava do sertanejo. (O lado bom desse episódio, pensaria Justino mais tarde, era que acabaria sendo muito exclarecedor em relação a gatos terem ou não sete vidas.)
Assustados com os gritos, os moradores do vilarejo aos poucos ia se acordando e, um a um, se amontoavam para observar aquele cadáver peludo. Muitos sentiam pena do animal, outros de Justino, alguns ainda achavam que, na verdade, Justino era um animal por ter matado aquele inocente bichinho. Mas a grande verdade é que a maioria das pessoas estavam alí para fazerem parte desse acontecimento, que certamente se extenderia por muito tempo na vila.
E os dias foram se passando. Devagar, o luto de Justino ia diminuindo e começava a retomar a sua fracassada vidinha. Havia enterrado seu gato em uma cova rasa aos fundos de sua casa junto com a coleira que há tempos havia lhe presenteado. Sempre que podia, ia até lá para bater um póstumo papo com seu fiel amigo.
Passados exatos vinte e um dias do óbito de Milo, a vida de Justino já havia voltado ao normal, muita preguiça e cachaça, e seus papos com seu finado gato eram cada vez mais raros. Na noite desse dia, voltando novamente bêbado do bar, viu ao longe um par de olhos vermelhos o fitando no meio da estrada. Aproximou-se. Justino estava cada vez mais perto e começava a distinguir as formas do corpos que conduziam aquele par de olhos diabólicos. Um bicho, pequeno, peludo, de orelhas pontudas e um longo rabo com a ponta quebrada. O matuto não teve dúvidas:
- MILO!!! - Gritou Justino.
- FSSSSSSSSSS - Respondeu o gato dando as costas e saindo em disparada.
O coração de Justino quase escapou pela boca. Correu como um louco para sua casa a fim de sanar uma desconfiança que, de súbito, lhe ocorrera. Ao chegar aos fundos da casa o improvável havia acontecido. A cova de Milo havia sido removida e seu corpo não estava mais alí.
O que aconteceu com o gato? Conseguirá Justino alcançar o gato misterioso? Milo voltou a vida? Dunga voltará atrás e convocará Ganso e Neymar? Não perca os próximos episódios.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Causo Sertanejo - Cap III

Restavam ainda R$ 150,00 nas mãos de Justino. O que fazer? Ele poderia muito bem pegar esse dinheiro e comprar uma outra vaca, o que aumentaria a produção de laticínios de sua mulher e, com isso, traria mais conforto à sua casa. Tinha também a opção de investir em cabras, criação que sempre lhe agradou e que, certamente, iria lhe trazer um bom retorno. Montar um galinheiro era também uma de suas opções, pois poderia ter uma renda extra vendendo ovos e galinhas. Justino então escolheu a opção que lhe parecia mais lógica e comprou uma bicicleta, afinal de contas, era muito cansativo andar quase 1km todos os dias para poder beber no "butiquim".
Os dias que se passaram não trouxeram maiores novidades na vida daquele sertanejo. Acordava, ordenhava sua vaquinha e passava o resto do dia "descansando", enquanto Dona Francisca dava um duro danado na cozinha e nas vendas na cidade. A única coisa que tirava o preguiçoso da rede era seu gato. Passava horas e horas brincando ou afagando seu felino, recebendo como recompensa uma porção de ronronados cheios de alegria. Mas toda aquela paz estava com os dias contados.
Certo dia, enquanto estava na bodega, bebeu mais do que o costume. A noite caiu. Voltando para casa, mais bêbado que um duende irlândes e desafiando todas as leis da gravidade em cima de sua bicicleta, nada podia enxergar, nada podia ouvir. Eis que, de repente, Justino passa por cima de um obstáculo diferente, uma pedra macia, com rabo, peluda e que gritava: MIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUU!!!!! Aquela pedra, infelizmente, não era pedra. Era seu amado gatinho, Milo.
Num súbito, que nenhum médico consegue explicar cientificamente, mas que todo mundo que já ficou bêbado e viveu situação semelhante sabe, Justino ficou sóbrio. Podia ver o gato se contorcendo e soltando incríveis gritos de dor. O matuto ainda tentava gritar por ajuda, mas sua voz simplesmente não saía. Com muito horror, viu seu adorado bichinho dar sua última contorcida e não mais se mexer. Milo estava morto.
E agora? O que vai ser da vida de Justino? Justino deve se desfazer de sua amaldiçoada bicicleta? Justino abandonará tudo, inclusive sua vida? Conseguirá Lula se reeleger com o pseudônimo Dilma Roussef? Não perca os próximos capítulos desta trama.

domingo, 25 de abril de 2010

Causo Sertanejo Cap. II

Já é sabido que Justino realmente era um caipira esperto, e dessa vez, não foi diferente. Com toda aquela dinheirama na mão, atraindo olhares invejosos de todo o seu vilarejo e a raiva e cobiça de seus derrotados, usaria aquele prêmio para ganhar a simpatia de todos os que lá habitavam. Organizaria uma festa em sua homenagem para o dia seguinte.
Amanhece o novo dia. Justino acordou, planejou, pesquisou, pechinchou e, por fim, comprou. Ao final do dia estava em poder de cinco litros da "marvada", três de catuaba e dois centos de salgados, o que seria suficiente para festa. Isso sem falar em sete enormes sacos de "xilitos" que conseguira por fazer o pagamento à vista e em dinheiro vivo. Ao cair da tarde, ainda havia comprado um novo par de sandálias para Dona Francisca e uma deliciosa lata de atum para Milo.
Chegou o dia, cai a noite, começa a festa. O bregão troava nas caixas de som e animava a todos os convidados. Os sentimentos de inveja que antes possuiam logo se transformaram em respeito e admiração a Justino.
A festa durou até o amanhacer. Antes de dormir, após uma troca recíproca de carícias e cafungadas no cangote, sobrou disposição ainda para Justino dar um trato na patroa. Sem dúvida, estava passando por um grande momento em sua vida.
Mas o que ninguém sabia é que essa festa tinha sido apenas uma distração. Justino ainda conseguira guardar uma grande quantia de R$180,00 e agora já sabia em que gastar. No dia seguinte, nosso herói da roça iria novamente às compras.
O que Justino irá comprar? Deverá guardar esse dinheiro no banco? Conseguirá, Justino, dar outro trato na Dona Francisca? Não perca a continuação dessa trama.
Leia os outros capítulos.
Cap. I

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Causo Sertanejo Cap. I

Era outra preguiçosa tarde de outono. Uma leve brisa trazia consigo o lindo canto dos pássaros empoleirados na velha mangueira e refrescava aquele dia de muito sol. Deitado em sua rede estava Justino, personagem central de nossa história e preguiçoso convicto. Balançava a rede de um lado para o outro fazendo um som que descreverei utilizando a onomatopéia "nhec-nhec". Logo a noite cairia e tinha de se preparar para mais um dia sem fazer absolutamente nada.
Seus últimos oito anos de vida tinham sido um verdadeiro sonho. Por conhecer funcionários da prefeitura local, conseguira cadastrar três filhos inexistentes em programas do governo federal e vivia relativamente bem para as suas ambições de vida. Sua única (e para ele estressante) tarefa era o de ordenhar sua vaca, feito isso, o leite era entregue a Dona Francisca, sua patroa, que tinha todo o trabalho de fazer os mais gostosos derivados lácteos e ainda vendê-los no centro da cidade, enquanto Justino tomava cachaça e jogava dominó.
Só havia uma coisa que fizesse Justino se mexer: seu gato, o Milo. O amor pelo bichano era tanto que ele era capaz de fazer tudo pelo animal, até trabalhar. Era um bicho muito bonito. Com um fino e cuidado pêlo branco, tinha como marcas registradas uma mancha ao lado direito de seu focinho e a falta da ponta de sua calda, perdida numa briga com o galo do vizinho, davam uma característica única ao seu mascote. Ninguém sabe bem o motivo, mas Justino simplesmente o adorava.
Numa certa quarta-feira de sol, Justino andava despreocupado a caminho da bodega de Seu Malaquias para tomar seu famoso trago da tarde. Eis que um golpe do destino que só vemos em filmes, novelas e contos e em algumas lojas de departamento, lhe trazem os bons ventos. Na verdade, os bons ventos foi quem lhe trouxe uma nota de R$ 50,00 bem aos seus pés. Justino por um momento jurou que a onça lhe havia piscado. Hoje era o seu dia de sorte. Mas o que fazer com esse dinheiro?
Matuto safo que era, decidiu investir todo esse dinheiro.Investiu tudo em apostas de dominó com seus amigos de bar e, ao final do dia, estava acumulando a enorme quantia de R$300,00. Mas, e agora? As notícias corriam rápido na cidade sobre essa fortuna. O sentimento de raiva dos derrotados no jogo começavam a se manifestar. Dona Francisca descobrirá que Justino agora é um homem rico?
Mandem suas sugestões e ajude no desfecho desta história.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem não rascunha manda o rascunho






Sou fã incondicional dos bons e velhos lápis, papél e borracha. Caneta, por necessidade. Mas a grande verdade é que simplesmente não consigo escrever nada diretamente no computador (a excessão de MSN) sem antes rabiscar num papel.


Claro que não sou nenhum mongolóide ou antiquado ferrenho que briga contra os avanços da tecnologia. "Péra lá!" Simplesmente não gosto. Meus textos ora ficam incoerentes, ora reduntantes e, muitas vezes, repito palavras exaustivamente. Não rola! Preciso rascunhar sempre. Engraçado é que o texto finalizado nunca fica igual ao papel rabiscado. Sempre melhora.


Então, amigo redator, rascunhe, rabisque, apague, rasgue, cole e leia. Leia antes, durante e após a conclusão do texto. Lembre-se: quem não rascunha manda o rascunho.


Meu único problema é para entender a letra depois. A imagem do presente Post é exatamente o rascunho ao qual me refiro. Não disse que tem que ter letra bonita, disse?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pega essa Oswald de Sousa!

Não sou muito fã de novelas. Também não serei hipócrita e dizer que nunca assisto, afinal de contas, vez ou outra aparecem umas com histórias bem legais. Por exemplo, eu adorava a do "macaco Chico". Mas não estou aqui para elogiar, e sim tumultuar.
Gostaria de falar da atual novela de Manoel Carlos. O Maneco, para os íntimos. Nada contra e, decididamente, nada a favor mas, convenhamos, o cara exagera demais. Famoso por sempre rechear suas tramas com as maiores polêmicas que rondam a sociedade, como casamento gay, homem batendo em mulher, gays querendo adotar crianças, etc, nessa ele está forçando demais a barra.
Os seus golpes de coincidência ultrapassaram qualquer barreira das possibilidades, um artifício que só uma legítima novela das oito pode propiciar aos seus milhões de fãs não-esclarecidos. Com tantos absurdos, somente um mago da estatística poderia nos ajudar: Oswald de Sousa!
Oswald de Sousa, matemático famoso e respeitado, é conhecido nacionalmente pela frase "segundo o matemático Oswald de Sousa", sempre presente no Jornal Nacional quando o Campeonato Brasileiro vai se afunilando e as estatísticas das chances dos times serem campeões ou rebaixados vão surgindo.
Vamos aos fatos! Uma modelo carioca (Helena) vai desfilar em Petra. Lá conhece um fotógrafo (Bruno) também carioca, com idade semelhante. Se apaixonam. Como se não bastasse, o bonitão é filho bastardo do marido da bonitona (Marcos) que, por sua vez, está traindo sua esposa com uma mulher (Dora) que há pouco tempo havia salvado Helena de morrer afogada. A única maneira dessa história ser ainda mais irreal seria se todos os personagens morassem na China.
Pra que apelar tanto, Maneco? Não basta a menina paralítica e toda a dificuldade de seu dia a dia? A alcoólatra anoréxica? O ricaço que se apaixona pela garota de programa?
Se Oswald de Sousa tentasse calcular o grau de probabilidade de todas essas coincidências, provavelmente ouviríamos no próximo Jornal Nacional, pela voz inconfundível de William Bonner: -Segundo o matemático Oswald de Souza, Manoel Carlos enlouqueceu.

sábado, 17 de abril de 2010

Vendendo o carro

Atualmente, estou vendendo meu carro. Um Golzinho GIII, prata, 2000 puro, 4 portas, básico, GNV, super econômico. A coisa mais linda do mundo! Um achado! Pelo menos era o que eu achava.

É impressionante como os compradores de concessionária são campeões em acabar com a sua autoestima e fazem você mudar de opinião. Conseguem achar batidas inexistentes, problemas na suspensão e barulhos estranhos em seu silencioso motor. Tudo para depreciar a imagem do seu adorado carrinho.

Isso sem falar que seu carro nunca está num bom momento de mercado. Se for Gol, o mercado só está comprando Pálio. Se for duas portas as pessoas só querem com quatro. Se for completo a galera só quer saber de básico e por aí vai. O seu carro lindo, companheiro de tantos momentos de alegria passa a ser visto por você como "aquela merda que está entulhando minha garagem."

O trauma causado por esses compradores é tanto que muitos donos de carro são obrigados a buscarem um acompanhamento psicológico e gastam uma fortuna com terapeutas e ainda outra em taxis, afinal de contas, quem tem coragem de dirigir a bomba que é aquele carro?

Mas podemos burlar esse sistema. Como? De maneira simples e sem gastar um centavo em terapia (e taxi). É só voltar disfarçado à concessionária que você deixou a porcaria do seu carro no dia seguinte. Sim, disfarçado! Coloque uma peruca, bigode postiço e um óculos Raiban (camisas brega dos anos 70 ajudam a compor o personagem) e peça para que lhe apresentem o seu possante. QUE CARRÃO! Você vai se espantar com as melhorias ocorridas em apenas uma noite que ele passa na loja.

São as leis do mercado. Na hora da venda a história é completamente diferente. A agressividade praticada por vendedores de carro é tanta que você compra um fusquinha jurando que saiu com um BMW. E pior. Pagando o preço do alemão. Já dizia meu amigo Anselmo: "Todo dia acordam o malandro e o otário. Um dia, fatalmente, vão se encontrar e fechar negócio. Sorte pra uns, pra outros...

E aí? Se interessou pelo meu Gol?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Procurando emprego

Em minha incessante busca por um novo emprego, aliei-me ao Fast Job para que, juntos, conseguíssimos algo. E conseguimos: vendedor.

Trabalhei pouco mais de um mês como vendedor, aliás, consultor de vendas, para planos empresariais da TIM. Nem preciso dizer que não me adaptei muito a este tipo de trabalho e acabei pulando fora.

A grande verdade é que o próprio vendedor tem um certo preconceito em ser chamado assim, por isso acabou se criando uma infinidade de outros nomes "eufemísticos", se me permitem assim batizar, para se autodenominarem. Pensando assim, os contratantes do Fast Job usam e abusam da criatividade.

Agente de vendas, consultor comercial, representante comercial, contato com clientes, promotor de vendas, assistente comercial, assessor de vendas, balconista, consultor de negócios são alguns dos exemplos que as criativas empresas utilizam para abrandar um nome simples: vendedor. Isso sem falar nos elegantes "especialistas de produto" e "executivo de vendas". Quem nunca quis ser um executivo na vida, hein?

A covardia na hora de contratar é tanta que cheguei a ver uma empresa contratando um vendedor (ou consultor, ou agente, ou representante...) para ganhar na faixa de R$600,00 e ainda davam preferência para quem tivesse veículo próprio e, pasmem, notebook. Haja financiamento. Haja crediário. Pior pro contratado.

Mas dias melhores virão. Mais alguns currículos foram enviados, novos contatos estabelecidos. A minha hora ainda vai chegar. Mas se o caro leitor puder dar uma mãozinha...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ficção X Realidade

"Os fogos já tomavam conta do local. As chamas ultrapassavam aos dez metros de horror levando o pânico a todos os funcionários daquela petroquímica. A cada minuto a situação ficava cada vez mais pavorosa e era possível perceber que as explosões estavam chegando cada vez mais perto. Pouco a pouco a esperança dos trabalhadores iam sendo consumidas em cinzas.

Mas era um filme de Hollywood. Logo logo algum maluco mascarado entrará quebrando as janelas e salvará o dia."

Pode parecer infantilidade de minha parte, mas prefiro assistir a um bom filme a um noticiário. Eu sei. Eu sei. É importante que nos mantenhamos informados (principalmente os comunicólogos como eu) para podermos agir como conscientes formadores de opinião junto à sociedade. Mas eu gosto mais de filmes e ponto.

Se for um seriado do tipo Sitcom então, melhor ainda. Sou viciado, capaz de passar horas e horas na frente da TV e ficar rindo de todas as piadas que eu até já decorei. Pior para minha esposa na batalha conjugal da briga do controle remoto.

Mas deixando as locuras de lado, faço de tudo para me manter informado também, afinal de contas o globo.com ou o IG estão lá para isso, não é mesmo? E um publicitário tem de conhecer os dois lados, ficção e realidade.

PUTZ! Não é que soltaram o Arruda?!

Voltemos à ficcção!

domingo, 11 de abril de 2010

Passeio com cachorro


É tempo de colocar as idéias no lugar. Muitas coisas vão acontecendo no decorrer do dia e quando nos damos conta as oportunidades passam. Como fazer então para alinhar os pensamentos e nos prepararmos para as batalhas do dia seguinte?


Eu passeio com meus cachorros. Toda noite em que vou dar uma volta com eles, fico pensando no dia que se passou e como proceder no que virá. Umas das coisas que decidi na caminhada de hoje foi o de enfim reativar meu blog.


Cá estou!