quarta-feira, 25 de abril de 2012
A fina arte de falar Herrado
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Cuidado com o profissional genérico
Por César Mengozzi
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Sexta feira 13? Problema nenhum!
domingo, 15 de janeiro de 2012
Click
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Musica como propaganda
A música como propaganda
A música sempre encantou a humanidade, tanto que conhecemos verdadeiros impérios formados às suas custas. Desde o lançamento do LP, em 1948, diversos músicos disputaram para ser o artista com os discos mais vendidos do mundo. Em 1983, o fenômeno Michael Jackson atingiu, com seu álbum Thriller, a incrível marca de 104 milhões de discos vendidos. Esse recorde perdura até hoje e, provavelmente, será um recorde eterno, visto que, nos anos 90, a indústria da música sofreria um enorme revés.
A indústria fonográfica não esperava por tamanhas mudanças em tão pouco tempo: o que era inovação e tecnologia rapidamente se transformaria em pirataria. Com a chegada dos CDs, MP3 e programas de compartilhamento de arquivos P2P, músicas de artistas de todo o mundo eram pirateadas quase que livremente, causando enormes prejuízos às gravadoras. Os mais velhos (mas não tão velhos) devem se lembrar da épica batalha encabeçada por grandes bandas, como o Metallica, contra o Napster.
Nos dias de hoje, em Fortaleza, acontece uma verdadeira revolução neste cenário. Enquanto grandes gravadoras tentam fechar o cerco contra a pirataria e cobrar caro por seus discos, as produtoras de bandas de forró correm pela contramão e utilizam a distribuição gratuitas de CDs de seus conjuntos como principal meio de propaganda. A estratégia é bem simples, limita-se em divulgar a banda através do que ela tem de melhor, ou seja, sua música. Isso faz com que as músicas do grupo se tornem conhecidas e incita a vontade do forrozeiro de prestigiar a verdadeira fonte de renda das produtoras: o show de forró.
Ronald Benevides, agente de uma das bandas mais conhecidas da cidade, o Forró Novo Balancear, conversou com O Estado sobre a estratégia adotada pelo mundo do forró na capital. “Através da distribuição de CD's é que vem o maior reforço para a Banda. Distribuímos em porta de shows, praias e demais locais de grande circulação de nosso público alvo. Além disso, contamos com o apoio da web 2.0, fazendo sorteios de ingressos em sites de relacionamento como o Orkut e Twitter.” Ronald nos explica ainda que o tempo médio do retorno dessa estratégia, entre a distribuição do CD e o aumento do número de público em shows, é sentido em dois meses e garante ser um número bem expressivo.
Vale ressaltar que o forró é um produto que atinge todas as classes sociais e esse “pirateamento planejado” causa uma democratização no estilo e uma valorização da cultura regional. Resta-nos agora saber até quando as grandes gravadoras tentarão brigar contra a pirataria. O forró já percebeu: se não pode vencê-la, junte-se a ela.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Nova Matéria do "O Estado"
De Platão às Embalagens
Certa vez, Platão escreveu sobre alguns homens que haviam nascido em uma caverna escura. Eles não podiam se mexer e tudo o que conseguiam enxergar eram sombras projetadas na parede ao fundo da gruta. Sem cores, nem formas, viam apenas sombras.
A partir do momento em que saímos do útero de nossas mães, passamos a explorar um mundo cheio de cores e formatos diferentes. Aos poucos, vamos nos adaptando a essa nova realidade e começamos a identificar cores e formatos, como o rosto de nossa genitora.
A cor nada mais é do que um raio de luz que nos atravessa os olhos e é reproduzido pelo cérebro como uma sensação visual colorida. O poder desse raio é tamanho que hoje existem muitos tipos de terapias baseadas no estudo das cores como, por exemplo, a cromoterapia. Além disso, a propaganda se utiliza deste recurso visual para atiçar determinadas sensações em seu público, e como modernos “homens de Platão”, estamos sujeitos a influências de cores, sombras, efeitos, brushs, dégradé e etc.
Modesto Farina, um dos maiores estudiosos dos efeitos das cores aplicados à comunicação, nos diz em seu livro “A Psicodinâmica das cores” que, ao visualizar uma cor, ela sempre vem acompanhada de uma reação de nosso subconsciente. Baseando-se nessa afirmação, toda peça publicitária, e principalmente as marcas, obedece um raciocínio lógico baseado nas sensações produzidas por cada espectro de cor, para assim alcançar o objetivo esperado.
Segundo o instituto de pesquisas Point of Purchase Advertising Institute (POPAI), o índice de decisão de compras no ponto de venda aqui no Brasil é de 85% e é considerado um dos maiores do mundo. A propaganda consegue atrair o consumidor até a loja, mas na hora da compra uma boa embalagem torna-se um fator de enorme importância, quer na cor, quer no design.
O design de um produto além de bonito deve ser prático, pois é a partir dele que o produto muitas vezes será manuseado. Cláudio Quinderé, conceituado designer de jóias e atual presidente da Associação Centro Ceará Design, nos diz que “um designer é, acima de tudo, um solucionador de problemas. Embora sua peça tenha de ser esteticamente bela, ele também deve encontrar soluções para que seu trabalho também resolva os problemas de seu produto”.
Infelizmente, não existe uma fórmula matemática para se descobrir as cores corretas ou o design mais adequado para uma embalagem. É preciso muito estudo, observação de tendências, tentativa, erros, acertos e muito, mas muito trabalho. Mesmo com todo esse esforço não nos tornamos falíveis a possíveis fracasso, mas posso garantir que as chances do sucesso aumentam de maneira extraordinária.
Falando em DesignOs amantes do Design tem encontro marcado no Campus do Pici da UFC, dos dias 8 a 12 de outubro, no R Design – Encontro Regional dos Estudantes de Design.
Em sua 7ª edição, o R Design é um evento itinerante que acontece anualmente em diferentes estados. Este ano, o Ceará recebe os estudantes da região Norte/Nordeste com o desafio de se aventurarem “Em busca da Rapadura Perdida”
Para maiores informações, acesse: www.rdesignce.com.br
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Matéria Publicada
Sei que estou em falta com o finalzinho do meu conto, prometo que um dia vou terminar. Mas enquanto isso, não poderia deixar de publicar uma matéria que escrevi e foi publicada no jornal O Estado, aqui do Ceará, no caderno O Estado de Ideias.
Marketing político: consumo de imagem e ideologia
De tempos em tempos ocorre um fenômeno no Brasil: pessoas vão às ruas uniformizadas, de caras pintadas e bandeiras à mão para fazer o maior barulho. Não estamos falando de Copa do Mundo, mas sim da campanha eleitoral.
Marketing Político nada mais é do que todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre o candidato e os eleitores. Falando assim parece fácil, mas existem diversas maneiras de se realizar essa barganha. É preciso estratégia, mão de obra especializada e monitoramento.
A propaganda política deixou, há tempos, de ser a simples impressão de santinhos e aparições ao público com promessas vazias. Hoje, um bom marketing político é peça fundamental no processo eleitoral, pois é esse assessoramento que traçará cada passo que o candidato deverá seguir, ditando, inclusive, seu modo de vestir, falar, andar e até gesticular.
Os números também falam por si só quando o assunto é marketing político. Somente na campanha presidencial dos três principais candidatos, está previsto um gasto de mais de R$420 milhões até o último dia da corrida eleitoral. Quando falamos do Estado do Ceará e levamos em conta que, segundo o TSE, foram pedidos o registro de candidatura de 7 governadores, 10 senadores, 154 deputados federais e 603 deputados estaduais, podemos imaginar uma cifra astronômica e que não pode ser ignorada por um profissional que trabalha com comunicação.
Sobre este assunto, é impossível não citar o maior guru no Brasil, Duda Mendonça. Em seu livro “Casos & Coisas”, Duda nos dá valiosas dicas sobre como conduzir esse complicado processo.
Duda afirma que no Marketing Político “a forma como você fala, o jeito como você olha, podem ser muito mais convincentes do que o seu discurso”. Seus anos de experiência o fez perceber que uma simples reação autêntica, como um choro, um sorriso aberto, vale muito mais do que um discurso conceitual e cheio de números. O brasileiro é um povo emotivo, embora possa responder uma pesquisa racionalmente, na hora de votar, o faz com o coração.
A pesquisa eleitoral é uma importante ferramenta no monitoramento das informações e pode ser feita de duas maneiras. Na primeira, entrevistadores são lançados em diversos bairros de diferentes classes sociais onde, de porta em porta, entrevistam os eleitores e registram suas intenções de votos. Na outra, o entrevistador se fixa em local onde haja um grande movimento de pessoas e as aborda uma a uma. Com base nesse resultado o candidato deverá receber suas novas orientações de sua equipe e correr atrás de votos, principalmente dos indecisos.
Para conferir a matéria na íntegra, acesse http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=14¬iciaID=34517