Há alguma semanas li uma coluna do músico (que agora
descobri, escritor) Tony Bellotto. No texto, o guitarrista falava de língua
portuguesa e sobre um ator afirmando em um programa de TV que “o fato de certas palavras serem faladas de
uma determinada maneira – ainda que incorreta – por grande parte da população,
confere a elas o status de genuínas e aceitáveis como uma forma não “errada”,
mas “diferente” de se falar” e citou o
exemplo da palavra “pobrema”.
Falar “pobrema” já é um baita de um problema, mas achar
certo já é demais. Tony se indigna com o absurdo de que hoje, se a pessoa não
se adequa ao sistema a tendência é de que o sistema muda, e não o indivíduo.
Inversão total de valores.
Em meu trabalho, a equipe da qual faço parte já entrou nesta
onda e já está se adaptando a nova norma “culta” de se falar. Isso varia, agora
é isso “vareia”. Xícara, virou “xirca”. Plural de pão é “pões”, de café, “cafezes”.
Até a palavra “menos” ganhou um feminino: “menas”.O pior é que esta moda pega. De tanto brincar com estas
palavras, algumas vezes nos pegamos falando errado na frente de pessoas de fora
da equipe e isso passa uma péssima credibilidade.
Espero que esta ideia não seja inflamada e fique apenas no
debate, senão, logo logo os colégios serão obrigados a nos ensinar o errado e
nos forçarão a aprender palavras bizarras como “Carrdiquê” (Por causa do quê); “indolecente”
(adolescente); presidenta... VIXI! A lavagem cerebral já começou!
Para conferir o texto citado de Tony Bellotto, clique aqui.