domingo, 11 de outubro de 2009

Nana Nenê


Um tempo atrás, Martinho da Vila foi ao programa do Faustão e mostrou um livro (ou CD, não me lembro bem) que estava lançando de readaptações de músicas infantis que, segundo ele, eram muito violentas e tristes como por exemplo, "atirei o pau no gato" ou "o cravo que briga com a rosa".

Depois da paternidade, vejo que ele tem muita razão e não me atrevo a cantar um simples "Nana Nenê", afinal de contas, de acordo com a música, se ele nanar "a Cuca vai pegá-lo" e não posso desejar esse mal ao meu menino.

Ao contrário, procuro fazer algumas adaptações de músicas nacionais que a gente escuta em rádio, sempre colocando o Bruno como o protagonista da música e assim vou levando, assim vou ninando.

O problema é de madrugada. Tal qual um guaxinim e seus hábitos noturnos, Bruno sai à "caça" usando como armas um choro estridente para atrair sua "presa", o leite da Sandra que, felizmente, sempre tem em estoque na geladeira.

Outra dificuldade é que depois de "devorar" sua "caça", é hora de niná-lo. Geralmente temos que vencê-lo pelo cansaço e ficar ninando até a hora dele arrotar (e que arroto!) e depois cair no sono. Minha maior preocupação neste processo é o de não pegar no sono antes e acabar caindo com a criança em meus braços. Chega a ser assustador. Quanto mais abro a boca em bocejos, mais ficam abertos os olhos do bebê e chego a jurar que posso ouví-lo rindo de meu sofrimento.

Uma hora ele dorme, caso contrário reveso a ninada com a esposa, afinal de contas, não é possível que uma pequena criatura consiga vencer dois adultos.

O mais engraçado é que somos doidos por aquele pequeno.

3 comentários:

  1. Mas tem que ser doido - ou doidos - mesmo, ele é uma graça.

    O melhor de tudo será daqui uns dois meses quando ele começar a interagir com vocês, um dos maiores prazeres da vida.

    Legal, felicidades para vocês três!

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  2. Daqui a pouco tu vais estar é correndo muito atrás dele...
    hehe
    Bjuss

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