sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Revolução Industrial

Nossa!! Quanto tempo sem escrever!

Enfim, lá no trabalho, recebi a missão de escrever um texto que fale sobre a importância dos Sindicatos na vida dos trabalhadores de hoje. Sempre procuro em meus textos situar o amigo leitor em todo o contexto de minha narrativa, sendo o mais descritivo possível.

Decidi começar meu texto com uma crônica, simulando a vida de um trabalhador da época da revolução industrial e todos os abusos que ele sofria e não se queixava, pelo contrario, agradecia todos os dias. O resultado está abaixo.

A Revolução Sócio-industrial

Seis horas de uma fria manhã de inverno Londrino em 1780. A branca neve se misturava com a fuligem, oriunda das inúmeras chaminés, e dava um tom acinzentado à tristeza que percorria aquela cidade. Uma a uma, as fábricas soavam o seu forte apito significando mais um dia de um duro expediente.

Verdadeiros batalhões de miseráveis trabalhadores amontoavam-se próximos aos portões de entrada de suas fábricas para iniciarem mais um dia de sua pesada labuta. Sabiam sim o horário do início de expediente, mas jamais, a hora do fim. Devido às precárias condições de segurança de trabalho, muitos nem saiam.

Assim era a vida de Paul, um entre tantos outros milhares de trabalhadores ingleses da época da Revolução Industrial inglesa, época essa que alavancou a tecnologia do mundo. A partir desse momento, máquina e homem trabalhariam juntos em prol da produção, reduzindo custos e maximizando lucros. Para isso, era preciso que as máquinas funcionassem a todo vapor e elas precisavam de operadores. Como o fator humano era insignificante naquele tempo, muitos foram os abusos à classe trabalhadora com intermináveis jornadas de trabalho, salários ínfimos e péssimas condições de trabalho.

Mas não havia o que reclamar, afinal de contas, Paul estava empregado. Graças a seu emprego, poderia prorrogar um pouco mais a sua miserável vida. Chegava a trabalhar 14 horas por dia em um ambiente barulhento, quente e sem qualquer tipo de ventilação. Mas estava empregado. Mal parava em casa e nem se lembrava mais da última vez que sentou à frente da lareira junto à família. Mas estava empregado.

Engana-se, porém, quem achava que Paul era um chefe de família ausente, que não dava atenção à esposa ou que não conseguia ver seus filhos crescendo, afinal de contas, arranjou emprego para todos na mesma fábrica em que trabalhava. Nada podia deixar Paul mais orgulhoso que isso. Ele e toda sua família trabalhavam.

3 comentários:

  1. Não gosto de gente comum; daquelas que tem preguiça de pensar. Saber unir ficcção com história não é ser um ET, é ter talento! =) Meus olhos suplicam por mais textos incomuns.
    parabens!
    ass: Thaís (a propósito sou a sua cunhada, mas nesse caso isso é apenas um detalhe!)

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  2. Pois é... Como já previsto... Não aceitaram... :(

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