domingo, 25 de abril de 2010

Causo Sertanejo Cap. II

Já é sabido que Justino realmente era um caipira esperto, e dessa vez, não foi diferente. Com toda aquela dinheirama na mão, atraindo olhares invejosos de todo o seu vilarejo e a raiva e cobiça de seus derrotados, usaria aquele prêmio para ganhar a simpatia de todos os que lá habitavam. Organizaria uma festa em sua homenagem para o dia seguinte.
Amanhece o novo dia. Justino acordou, planejou, pesquisou, pechinchou e, por fim, comprou. Ao final do dia estava em poder de cinco litros da "marvada", três de catuaba e dois centos de salgados, o que seria suficiente para festa. Isso sem falar em sete enormes sacos de "xilitos" que conseguira por fazer o pagamento à vista e em dinheiro vivo. Ao cair da tarde, ainda havia comprado um novo par de sandálias para Dona Francisca e uma deliciosa lata de atum para Milo.
Chegou o dia, cai a noite, começa a festa. O bregão troava nas caixas de som e animava a todos os convidados. Os sentimentos de inveja que antes possuiam logo se transformaram em respeito e admiração a Justino.
A festa durou até o amanhacer. Antes de dormir, após uma troca recíproca de carícias e cafungadas no cangote, sobrou disposição ainda para Justino dar um trato na patroa. Sem dúvida, estava passando por um grande momento em sua vida.
Mas o que ninguém sabia é que essa festa tinha sido apenas uma distração. Justino ainda conseguira guardar uma grande quantia de R$180,00 e agora já sabia em que gastar. No dia seguinte, nosso herói da roça iria novamente às compras.
O que Justino irá comprar? Deverá guardar esse dinheiro no banco? Conseguirá, Justino, dar outro trato na Dona Francisca? Não perca a continuação dessa trama.
Leia os outros capítulos.
Cap. I

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